A pigmentação preta que se acumula nos dentes das crianças geralmente não é causa de má higiene oral. Este pigmento pode ser facilmente removido em consultório dentário.
A falta de espaço e a presença de dentes desalinhados não é por si só determinante para a indicação de extração de dentes. A necessidade de extrair dentes é avaliada em função da gravidade da falta de espaço, mas também em função do tipo facial e ósseo do doente. Atualmente, procuram-se cada vez mais soluções conservadoras que otimizem a harmonia facial e funcional.
A primeira avaliação da necessidade de utilizar aparelho deve ser feita por volta dos 7 anos de idade. Nesta faixa etária a criança habitualmente já se encontra numa fase de dentição mista, tendo ocorrido a erupção dos primeiros molares e incisivos definitivos.
Os implantes assumiram-se como a solução mais próxima da ideal para a reabilitação de zonas com um ou mais dentes ausentes.
Algumas das vantagens são:
- do ponto de vista funcional, melhorando a função mastigatória e também a fonética
- e pela vantagem estética, atribuindo um maior conforto social e psicológico ao paciente.
Será importante frisar que o paradigma atual da Medicina Dentária prevê uma abordagem conservadora. Neste contexto, os implantes servem o tratamento de zonas com dentes ausentes e não a substituição de dentes. Procuramos instituir uma cultura de prevenção para a saúde oral junto do paciente e dispôr de um leque cada vez mais alargado de tratamentos que salvaguardem a saúde do dente e dos tecidos periodontais que o rodeiam.
Hoje podemos afirmar que são poucas as situações de contraindicação absoluta para a colocação de implantes.
A nível de doença cardíaca e vascular, a ocorrência de acidente isquémico transitório (AIT), acidente vascular cerebral (AVC) e enfarte agudo do miocárdio num período inferior a 6 meses contraindicam qualquer intervenção.
Igualmente doença oncológica não controlada ou em fase de tratamento com quimioterapia e/ou radioterapia ou o tratamento endovenoso com bisfosfonatos ou medicamentos potenciadores de osteonecrose (doença óssea que leva à destruição do osso e à formação de sequestros ósseos) assumem um cariz de contraindicação absoluta.
Nestes casos clínicos, a reabilitação removível deverá ser a primeira indicação para, pelo menos numa fase transitória, melhorar a função mastigatória destes pacientes.
Os brackets e arcos apresentam na sua constituição níquel, podendo raramente ocorrer reações alérgicas.
Em zona desdentada (também designada por edêntula), o implante reflete a solução protética que melhor se aproxima do dente natural. É possível recuperar até aproximadamente 95% da função mastigatória perdida através da reabilitação implanto-suportada. Além do conforto funcional, aliamos o conforto estético e psicológico pela presença de uma solução fixa que promove uma adequada higiene oral ao paciente.
As próteses removíveis são importantes para o paciente que não consiga suportar os custos de uma reabilitação definitiva implanto-suportada. Porventura, em casos de desdentação total em que não é possível uma reabilitação fixa com implantes, poderá considerar-se uma solução removível implanto-retida.
Neste esquema, os implantes são colocados em menor número e apenas auxiliam a retenção da prótese removível. Assim, esta solução está indicada sobretudo em pacientes mais idosos com limitada condição de higienização ou dependentes de cuidadores.
Salvo estas exceções, as próteses removíveis devem ser tomadas como uma segunda linha de tratamento na reabilitação parcial ou total.
Infelizmente, o uso continuado de próteses removíveis “apoiadas” sobre os tecidos moles (de que é exemplo a gengiva) da cavidade oral é responsável por alterações dimensionais significativas da zona, conduzindo a situações de atrofia óssea severa e aparecimento de lesões como úlceras traumáticas, hiperplasia dos tecidos moles ou estomatite protética.
Alguns factos curiosos sobre a Medicina Dentária Desportiva e o impacto que a saúde oral desempenha na performance desportiva.
- Um dente com infeção pode diminuir o rendimento desportivo até 22%;
- O desempenho desportivo de um respirador bucal (dificuldade em respirar pelo nariz) decresce em cerca de 21% relativamente a um respirador nasal;
- Um problema ortodôntico (má posição dentária) pode desenvolver complicações respiratórias, produzindo um decréscimo de 21% no desempenho desportivo;
- Uma lesão muscular pode demorar até 2 vezes mais tempo a recuperar se existir uma patologia dentária concomitante;
- Um problema nas gengivas pode comprometer o coração, as articulações e dificultar a recuperação de lesões musculares;
- Uma má oclusão (relação dos dentes superiores com os inferiores) ou a falta de dentes gera problemas na mastigação, prejudicando a absorção dos nutrientes, podendo provocar desequilíbrios musculares, dores de cabeça, desconforto e stress;
- Hábitos viciosos como roer as unhas, apertar e ranger os dentes produzem desgaste dos dentes e sobrecarga muscular (contraturas e espasmos), podendo gerar dores de cabeça e stress;
- Segundo a National Youth Sports Foundation cerca de 5 milhões de dentes são perdidos por ano em atividades desportivas;
- Segundo a ADA – American Dental Association – pelo menos 200 mil traumas são evitados anualmente pelo uso de protetores bucais;
- Segundo a Academia Americana de Medicina Dentária Desportiva, o uso de um protetor bucal diminui até 80% o risco de traumatismo dentário;
- Cada desportista envolvido num desporto de contacto tem 10% de possibilidades de sofrer um traumatismo dentário ou oral, e sem o uso de protetor bucal personalizado esse risco aumenta mais de 60 vezes!
No segundo e terceiro dia após a ativação do aparelho é comum ocorrer uma moderada sensibilidade dentária. Para a maioria dos pacientes não chega a ser necessário efetuar qualquer medicação analgésica. Decorridos 4 dias após a ativação a situação encontra-se normalizada.
A fricção dos brackets ou outras peças constituintes do aparelho fixo com as mucosas orais pode provocar lesões aftosas e traumáticas. Por norma, estas lesões são reversíveis e desaparecem após o período de cicatrização.